sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Como não matar uma barata

Estava eu, toda serelepe e saltitante quando avisto uma barata passar correndo por mim. Instintivamente, grito. Não sei se ela escuta o grito, mas ela definitivamente corre mais rápido.

-"O que foi?" grita minha mãe.
-"Mãããããe, uma barata!! Traz o veneno!!"
-"Tá, fica de olho nela".

Odeio quando ela diz isso. É óbvio que não tem como ficar de olho na barata. Ela não fica parada, e na primeira oportunidade, sai de vista. Então, a barata sai correndo, e eu correndo atrás dela.
No meio da perseguição de vida e morte, grito:

-"Rápidooo mããããe!"

Mas ai a coisa sai de controle. Meio sem saber como, pulo em cima da vítima gritando:
-"Morre! Morre!Sua filha da puta" e chineleio ela.

Ai, dou dois passos para trás e observo. Eita bicho difícil de matar. Ela fica lá andando que nem barata tonta, literalmente, e para.

Fico de tocaia, pronta para atacá-la novamente, caso seja necessário.
Ai minha mãe chega com o veneno na mão, olha a barata destripada, aquele caldo verde em volta, ela ainda mexendo aquelas patas nojentas, me dá o veneno e me manda completar o serviço, mas não fica para ver.

Ai eu jogo um pouco do veneno e observo.
Finalmente, ela vira com as patas para cima, e estrebucha.
Mas a desgraçada continua mexendo as patas... recolho o cadáver com a pazinha de lixo, e o carrego bem longe do meu corpo, com o braço esticado, pronta para jogar longe se a barata voltar a vida repentinamente (o que não é raro de acontecer), e jogo o bicho semi-morto na privada.

Dou a descarga com uma atitude trinfuante! Venci! Ahá!

Mas quando deito na cama, fico com medo de outras virem se vingar durante a madrugada..

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