Eu sou daquelas organizadas ao extremo. Adoro prazos, listas de coisas a fazer, compromissos, agenda, reuniões. Mas, chega uma hora em que não dá pra controlar tudo. No começo, rola um desespero básico. Você se sente incompetente, inútil. Tenta apertar a agenda, fazer caber mais coisas. Marca mais coisas, só para sentir que está no controle. Doce ilusão: não adianta. Ai, você se frustra mais ainda, pois esquece, cancela, os outros desmarcam.
Ai vem a segunda fase. A da aceitação. Ok, sou inútil mesmo, a vida é injusta, alguém acelerou os relógios. Então você decide não fazer mais nada mesmo, não marcar mais reuniões, não se mexer. Aceita o que dá, não se estressa com o que não dá. O mundo é injusto mesmo, e como não é a meu favor, fico aqui, de bico. De mal-humor, esperando a vontade chegar.
Mas, para quem é muito organizado, esta fase dura pouco. Logo, chega a vontade de voltar pro crime. Reassumir o controle. As 'to-do-lists' voltam, os compromissos também. Os projetos que estavam parados voltam a rodar, e o ânimo para organizar tudo e voltar a ter uma rotina reacende. E esta é a parte mais divertida da história. Afinal, não importa o quão inútil você se sentia até agora. A partir de hoje, vai ser diferente.
terça-feira, 16 de outubro de 2012
sábado, 13 de outubro de 2012
Breaking free
Soltar as amarras. Cortar as cortas. Deixar ir. Libertar. Break free. Ir embora. Dizer adeus. Virar as costas. Aceitar o fim. Soltar. Libertar-se. Tirar o peso. Sair. Abrir mão. Seguir em frente. Escolher seguir em frente.
Desapegar. Ter novos rumos. Definir próximos passos. Dar a volta por cima. Bolar projetos. Continuar a viagem. Seguir em frente. Buscar novos horizontes. Ir adiante.
Desapegar. Ter novos rumos. Definir próximos passos. Dar a volta por cima. Bolar projetos. Continuar a viagem. Seguir em frente. Buscar novos horizontes. Ir adiante.
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
Da série "bilhetes de despedida"
Meu amor:
Aliás, será que ainda devo te chamar de 'meu amor'?.
O tempo passa, e a cada dia, sinto menos saudades.
Alterno dias de liberdade com dias de intensa insegurança.
Mas sei que isso passa. Há de passar.
E como uma ferida aberta, cicatriza aos poucos.
Talvez mais devagar do que deveria, mas cura.
E com esta cura, vem um outro sentimento: a esperança.
Esperança de um novo dia, um novo começo, um novo amor.
Novas experiências, novos planos.
E a saudade já não parece tão grande quando se consegue perceber que há um futuro promissor pela frente.
A dor, passa. A memória, aos poucos esquece o sofrimento.
E quando ele acabar, tenho a certeza de que a felicidade volta.
No início, um pouco tímida.
Porém, aos poucos, ela ficará intensa e se tornará tão óbvia, que aquecerá como o sol.
Esperança de um novo dia, um novo começo, um novo amor.
Novas experiências, novos planos.
E a saudade já não parece tão grande quando se consegue perceber que há um futuro promissor pela frente.
A dor, passa. A memória, aos poucos esquece o sofrimento.
E quando ele acabar, tenho a certeza de que a felicidade volta.
No início, um pouco tímida.
Porém, aos poucos, ela ficará intensa e se tornará tão óbvia, que aquecerá como o sol.
E quando este dia chegar, tenho que certeza de que estarei pronta.
Estarei aberta para aproveitar cada experiência, com direito a tudo que a vida quiser.
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Banho de chuva
O barulho da chuva é reconfortante. Olho para fora e a vejo lavar tudo. Ela dissipa preocupações, traz nova vida, revigora o dia. Leva com sua água minhas preocupações, inseguranças e medos. Só de contemplá-la caindo, minha ansiedade passa.
É uma chuva forte, daquelas que dá vontade de tomar um banho, apará-la com a língua, dançar, sendo atingida por todos os pingos. A alegria que sinto quando ela toca meu corpo é indescritível. Cada pingo me faz arrepiar, me sentir viva. O cheiro da chuva misturada com a terra molhada me faz voltar às origens, me sentir livre.
E o melhor de tudo é saber que, após a chuva, virá um novo começo. O sol tornará a brilhar, os pássaros voltarão para a Amoreira, e com, sorte, ainda terei um arco-íris.
É uma chuva forte, daquelas que dá vontade de tomar um banho, apará-la com a língua, dançar, sendo atingida por todos os pingos. A alegria que sinto quando ela toca meu corpo é indescritível. Cada pingo me faz arrepiar, me sentir viva. O cheiro da chuva misturada com a terra molhada me faz voltar às origens, me sentir livre.
E o melhor de tudo é saber que, após a chuva, virá um novo começo. O sol tornará a brilhar, os pássaros voltarão para a Amoreira, e com, sorte, ainda terei um arco-íris.
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