segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Lista da resoluções de ano novo

Hoje li uma pesquisa feita pelo The Guardian sobre o fracasso da maioria das pessoas quando se trata do cumprimento das resoluções de ano novo.

A pesquisa revela que 78% dos que falharam, seguiram guias de auto-ajuda. Pooor exemplo:
"Esse grupo, para tentar alcançar seus objetivos, optou por reprimir desejos, fantasiar sobre o sucesso, adotar um modelo como referência ou simplesmente apostar em sua própria determinação. Se você está tentando perder peso, não basta colocar uma foto de uma modelo na porta da geladeira ou fantasiar sobre ser magro", disse o psicólogo ao The Guardian.

Em contrapartida, aqueles que obtiveram sucesso dividiram o objetivo final em passos menores, compartilharam os planos com amigos, fizeram um diário sobre seu progresso e focaram a atenção nos benefícios alcançados. O grupo que seguiu estes passos teve uma porcentagem de sucesso de 50%.

Diferença: o grupo que fracassou colocou uma foto de uma modelo magérrima na porta da geladeira e visualizou-se magro, enquanto o grupo que obteve sucesso fez um cronograma de emagrecimento e uma rotina de exercícios, além de planejar quanto de peso perderia no prazo estipulado.

Então, o que devemos fazer para alcançar o sucesso nas nossas resoluções de ano novo? Eu já decidi começar a fazer o planejamento agora! Segue a lista:

1- Pensar bem sobre o que queremos
2- Voltar pra realidade
3- Fazer a lista
4- Incluir alguns itens que com certeza a gente vai alcançar (é pra motivar um pouco =])
4- Dividir por categorias - estrelinhas ao lado daqueles que a gente deseja, bolinhas ao lado do que nós nos esforçaremos e tracinhos ao lado dos que achamos que vamos alcançar
5- Não perder, durante o ano, o papel em que anotamos as resoluções na noite do dia 31 (ou quem sabe, na mesma noite, dependendo da quantidade de Champagne, ou encontrar o que sobrou da lista no bolso da bermuda molhada daquele mergulho de ano novo na piscina)
6- Comer um bolo de chocolate e tomar guaraná antartica, caso nada dê certo
7- Aprender a contar =]

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Sentimento bom

Adoro assistir a filmes bonitinhos pois eles trazem esperança ao coração. É a mesma sensação que o Natal traz. Nestas situações a esperança se renova e temos a impressão de que tudo ficará bem. Gosto muito deste sentimento, tanto quanto gosto de amigos, chocolate, praia e risadas.
Eu amo o Natal =]

* Lu também gosta muito de encontrar amigos no msn =]

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Decisões de fim de ano II

Esta semana tive uma experiência que me fez abrir a cabeça para algumas atitudes que eu estava tendo em relação a minha vida e a minha carreira.
Espero que todo mundo tenha a oportunidade de se questionar a respeito disso antes do fim do ano, e tome decisões acertadas para o próximo.

* Luíza continua em clima ano-novo =]

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Decisões de fim de ano

Acredito que faz bem parar de vez em quando para analisarmos a nossa vida. O final do ano é o momento ideal para isso, porque podemos fazer um balanço geral no ano que passou e tomarmos decisões para o próximo ano.
Em todos os momentos fazemos escolhas que influenciarão na nossa vida para sempre, e uma vez tomadas, elas não podem ser "retiradas". Espero que todos façam essa auto-análise às vezes, pois mudar faz bem e todo o momento é propício para isso.

*Luíza já está no clima de ano-novo =]

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Valdívia, dois heróis de mesmo nome

Após preencher os documentos de maneira incorreta umas 10 vezes, consegui passar pela Imigração. Tinha acabado de desembarcar em Santiago do Chile, onde passaria a noite e de onde seguiria para San Pedro do Atacama.

Deixei a mochila no hotel e fui conhecer os pontos principais da cidade. Eram duas da tarde e o centro estava lotado, apesar de ser sábado. Andei pelo Paseo Ahumado, em direção a Plaza De Armas. Chegando lá, olhei em volta. Era uma praça grande e tinha muita gente circulando.

Quase fui atropelada pois a divisão entre a rua e a calçada é feita com pedras pequenas e as duas parecem uma coisa só. Tirando o fato de que estava escrito “turista” na minha testa, fiquei feliz de ter parado no quase atropelamento, evitando um de fato. Depois, um guia me disse que essa é uma situação comum entre os turistas. Senti um alívio ao descobrir que não era a única...

Tirei algumas fotos e resolvi comprar um postal de um vendedor que estava ali em frente. Demorei um pouco para escolher, e ele me emprestou uma caneta e um banquinho. Estava no meio da escolha das palavras que escreveria, quando ele pediu que eu o fizesse depressa, já que teria jogo da seleção e ele queria fechar a banca a tempo de assistir ao jogo. “Jogo da seleção? Que jogo da seleção?”, perguntei. Nota-se aqui a minha total ignorância com futebol. Eu sou a típica brasileira que só assiste a jogo da seleção brasileira na Copa e olhe lá.

O vendedor de postais explicou-me que era jogo das eliminatórias do Mundial (sim, lá é Mundial e não Copa), e que, caso ganhasse, o Chile estaria representado na próxima. Eu, na minha ignorância-arrogância brasileira, vinda de um país em que é óbvia a participação da seleção na Copa, ou Mundial, não entendi exatamente qual era a importância daquele jogo.

Notei que a Plaza estava esvaziando. Isso era seis, seis e meia da tarde. Por estar em uma cidade desconhecida e não saber que horas ia escurecer decido voltar para o hotel. No caminho de volta pelo Paseo Ahumado, comecei a ver vendedores, cornetas pessoas, bandeiras do Chile, chapéus, crianças, mais bandeiras, mais pessoas, mais chapéus. Ouvi também barulhos muito altos, vindos de uma aglomeração logo em frente.

Olhei para a esquina, onde, em um prédio, estava um telão gigante rodeado de muita gente, cercadas com grade e policiais. Meu espírito jornalístico me fez entrar na fila e ver o que era aquela movimentação toda. O policial, ou melhor, um dos Carabineros do Chile, revistou a minha bolsa e me deixou passar. Fui andando até chegar onde pudesse ver o telão. Havia várias pessoas agrupadas fazendo bagunça, mas nada que causasse choque a uma brasileira.

Percebi que estava sendo transmitido o jogo da seleção, que tinha acabado de começar. É isso aí, eu, sozinha, no meio de um bando de gente enrolada em bandeiras do Chile que gritavam “Chi, Chi, Chi, Le, Le, Le, viva Chile”. Achei extremamente divertido, até porque nunca tinha participado de nada parecido aqui no Brasil.

A bola rolando contra a Colômbia e aos 15 minutos de jogo sai um gol dos adversários. Ao invés de ficar triste ou indignada, como eu achei que ficaria, a torcida chilena que estava ali começou a gritar ainda mais alto, o que só teria acontecido no Brasil se a seleção tivesse feito um gol. O mais interessante é que todo mundo gritava junto. De onde quer que alguém começasse a gritar, era seguido por todo o resto. Após escutar algumas vezes, e ter certeza do que eles estavam gritando porque não queria pagar o mico de gritar algo errado, comecei a gritar junto!!!

Ai começou a festa: xinguei o juiz, os jogadores da outra seleção quando eles chegavam perto do gol, os jogadores chilenos quando perdiam o passe. Lá pelos 35 minutos de jogo, após algumas tentativas acontece o momento tão esperado: gol do Chile! O gol feito por Valdívia foi anunciado por um grito do narrador e seguido por um barulho ensurdecedor, uma onda de mãos para cima, bandeiras balançando e cornetas, muitas cornetas tocando.

Já estava cansada de gritar o refrão, mas ele explodiu por todos os lados novamente. Valdívia, para quem não sabe, também é o sobrenome do Conquistador que fundou o Reino do Chile em 1542. Achei graça da coincidência. Pedro Valvídia funda o reino, mas o jogador de futebol de mesmo nome que é mais conhecido no mundo. Aliás, descobri depois que este mesmo jogador fez sucesso no Palmeiras, aqui no Brasil.

Fim do primeiro tempo. Está escurecendo e decido ir para o hotel. Já instalada, resolvo sair para jantar em um bairro chamado Providência. Na recepção, pergunto sobre o jogo, que a esta altura já tinha terminado. O recepcionista me diz, empolgadíssimo, que o jogo terminou em 4x2 para o Chile, e que nossas seleções se encontrarão no Mundial em 2010. Olho pra ele com uma cara sarcástica de “A seleção brasileira sempre está na Copa” e digo “É isso aí, viva Chile!”

Pego um táxi e descubro que a cidade está um caos. Há centenas de carros na rua, todos os motoristas buzinam e todos os passageiros estão com metade do corpo pra fora da janela e, com bandeiras do Chile na mão, gritam coisas variadas como “Viva Chile”, “Vamos ao Mundial” e o já conhecido grito “Chi, Chi, Chi, Le, Le, Le, viva Chile”. Perdi a conta das caminhonetes com mais de 15 pessoas na caçamba que carregavam bandeiras e cornetas. Até me assustei com esta manifestação de alegria coletiva. Passamos pela Plaza Itália, que estava uma festa só. Depois vi no jornal que havia 10.000 pessoas na praça nesta noite. A estátua de um cavaleiro solitário tinha sido tomada por mais de 50 pessoas, que pareciam formar uma pirâmide humana enrolada em uma bandeira do Chile.

Decidi participar da festa e pedi para descer do táxi. Apesar de eu ser a menos chilena por ali, queria entrar no clima de comemoração e comprei um chapéu estilo bobo da corte com as cores vermelha, azul e branca, em que estava escrito “vamos chilenos”. Coloquei o chapéu, e conversando com as pessoas que circulavam, descobri que desde a Copa da França, em 1998, o Chile não participa da competição. Aí eu imaginei como seria se o Brasil não se classificasse, não para uma, mas duas Copas seguidas. Com certeza, na edição em que nos classificássemos, estaríamos que nem os chilenos, comemorando na rua como se já fossemos campeões.

No dia seguinte, segui para San Pedro do Atacama. Em uma das noites passeando pela cidade, percebo a aglomeração de pessoas nos bares... É o jogo da seleção chilena contra o Equador. Estava no segundo tempo e o jogo já estava no resultado final, 1x0 para o Chile.

Surpreendi-me com o fato de que mesmo em uma cidade de 3.000 habitantes, no meio do deserto mais árido do mundo, em que a luz elétrica chegou de vez há pouco mais de 5 anos e a internet há 3, as pessoas assistam ao jogo e torçam da mesma maneira que na capital do país, uma metrópole com mais de 5 milhões de pessoas. Claro que a comemoração dos moradores de San Pedro foi nula se comparada com a de Santiago, porém, em ambas as situações eram visíveis no rosto das pessoas a alegria e o orgulho de fazer parte daquela nação. De serem chilenos.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Empresa Junior: ambiente de formação de administradores

Empresa Junior é um ambiente propício para o desenvolvimento de lideranças empresariais e empreendedores nas universidades, visando sempre à responsabilidade social e trabalhando valores como a ética, a amizade, o profissionalismo e a inovação. Entre os objetivos de uma Empresa Junior estão promover a vivência prática de seus empresários e incentivar o relacionamento entre empresas e instituições de ensino superior.

Mas de que maneira uma Empresa Junior pode contribuir para a formação de um acadêmico do curso de Administração, especificamente? Esta foi a pergunta que Marília Cavalcanti, formanda em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), utilizou como motivação para a realização do seu Trabalho de Conclusão de Curso em 2009. O trabalho foi orientado pelo Professor Doutor Luís Moretto Neto, autor do livro Empresa Junior: espaço de aprendizagem, publicado em 2004 pela Editora Palotti.

Marília Cavalcanti participou durante um ano e meio da Empresa Ação Junior da UFSC, prestadora de consultoria na área sócio-econômica. Tendo trabalhado na área financeira da empresa logo no início do curso, afirma que foi um benefício ter antecipado o aprendizado das disciplinas obrigatórias da área financeira, que são ministradas somente entre o segundo e terceiro ano de faculdade.

Para seu Trabalho de Conclusão de Curso, a estudante entrevistou 44 empresários pós-juniores da Ação Junior, que participaram da empresa no período entre 2003 e 2008. “As respostas foram extremamente positivas e todos apontaram a participação em Empresa Junior como um grande diferencial para a carreira.

Também consideram importante a vivência em um ambiente de aprendizagem e a liberdade de tomar decisões”, afirma Marília. Quanto ao perfil dos entrevistados, 85% participaram da Empresa Junior durante a metade inicial do curso de graduação e 43% já são graduados, sendo que 80% têm entre 20 e 25 anos.

Segundo os entrevistados, entre os principais benefícios adquiridos com a participação em Empresa Junior estão: saber trabalhar em equipe, ter um bom relacionamento interpessoal, desenvolver uma visão sistêmica e ser flexível. Nota-se que o conjunto das habilidades desenvolvidas vai ao encontro das características necessárias e essenciais ao profissional de administração. Um dos entrevistados afirma: “sentia-me parte da empresa, capaz de fazer mudanças e o que mais me fascinava era a possibilidade de testar teorias, debater pontos de vistas e aprender a ouvir e aceitar diferentes visões”.

A principal crítica acerca do ensino em Administração se dá em relação à diferença do profissional que a universidade forma e o profissional que o mercado de trabalho exige. Em muitas universidades o curso de Administração é extremamente acadêmico, e, nestes casos, os estudantes têm pouca ou nenhuma vivência prática.A Empresa Junior é um ambiente favorável para suprir esta lacuna do currículo e também um laboratório, onde, por ter contato com as diversas áreas do curso, o Empresário Junior tem experiência suficiente para escolher aquilo em que deseja trabalhar dentro da profissão depois de formado. Um dos entrevistados afirmou que “poucos estágios oferecerem o mesmo aprendizado, participação e autonomia de tomada de decisão que a Empresa Júnior proporciona”.

O posicionamento atual no mercado de trabalho dos Empresários pós-juniores foi outro ponto analisado pelo trabalho de Marília, pois não deixa de ser uma maneira de mostrar como a vivência de Empresa Junior colaborou para a formação acadêmica deles. Atualmente, muitos atuam em empresas nacionais e internacionais, entre elas a Votorantin, Embraer e a AirBus.

Alguns também seguiram o empreendedorismo e hoje possuem negócios próprios. Há aqueles que ainda atuam dentro do Movimento Empresa Junior, como Diego Callegari Feldhaus, que hoje ocupa o cargo de presidente da Brasil Júnior. Tais dados trazem credibilidade ao movimento júnior Catarinense, além de demonstrar as habilidades adquiridas pelos Empresários pós-juniores.

A vivência de Empresário Junior inclui trabalho em equipe, cumprimento de prazos, negociações com clientes e o contato direito com outras situações da realidade empresarial. Um estudante de administração que tenha passado por isso está mais preparado para enfrentar desafios e tornar-se um profissional mais bem formado, com capacidade de relacionar o que aprendeu na teoria com a prática. A experiência na Empresa Junior facilita o ingresso ao mercado de trabalho e a futura ocupação de cargos de liderança e de influência na sociedade.

“Acredito que a maior contribuição de minha pesquisa é instigar outros estudantes a pesquisarem sobre o tema das empresas juniores. Os dados obtidos em trabalhos como este podem contribuir muito, pois servem como um fator motivador para os atuais participantes do Movimento Empresa Júnior e para que outros graduandos tornem-se também empresários juniores”, conclui Marília.

Texto de minha autoria, que pode ser visualizado no:
http://administradores.com.br/noticias/empresa_junior_ambiente_de_formacao_de_administradores/27937/

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Quase férias

Esta semana estou tendo uma palhinha de férias. Estava muito acostumada a sair de casa cedo e voltar muito tarde. Então, finalmente, minhas aulas começaram a acabar, uma a uma. Primeiro foi o TOEFL, depois Teoria do Jornalismo e hoje Edição!

Então comecei a fazer a lista que planejei para as férias, mas o problema é que tentei fazer tudo ao mesmo tempo! Aproveitei que não ia ter aula de manhã, acordei cedo e sai para correr! Depois voltei e fiz tudo aquilo que estava esperando pelas férias para se feito: arrumei todo o meu quarto, comecei a ler 2 livros (As crônicas de Nárnia e Castelo de Vidro) e escrevi. Só espero que esta rotina não me deixe estressada, já que são muitas coisas para fazer, pois de correria, já basta o semestre!
=]

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Sapatinho de cristal? No way

Hoje lembrei-me de que a Cinderela usava um sapatinho de cristal e por isso decidi explicar o por quê de eu ser a princesa de all star.

Eu tenho um sério problema com meus pés. Tudo, absolutamente TU-DO machuca. Sapatilhas, havaianas, rasteirinhas, peep-toe, salto fino, salto alto, salto baixo, bota, scarpin, chanel, mocassim, anabela, que dirá o famoso sapatinho de cristal! É frustrante ver sapatinhos bonitos e não poder usá-los, pois ainda que eu queira fazê-lo, prefiro ter o calcanhar inteiro.

Ah, lista das coisas que não machucam: pantufas, galochas e all-star. Da lista usável, prefiro ser princesa de all star a ser princesa de galochas. Ainda mais por que isso daria abertura para um outro apelido: a princesa chata-de-galochas!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Por que contratar um empresário junior?

O Movimento Empresa Junior foi iniciado em 1967 na L'École Supérieure des Sciences Economiques et Commerciales - em Paris. O Movimento se expandiu e a primeira Empresa Junior brasileira foi criada em 1989, na Fundação Getúlio Vargas (FVG) em São Paulo. O objetivo deste tipo de organização é promover uma experiência de mercado aos alunos graduandos da instituição à qual ela é vinculada. Assim, durante a faculdade, os Empresários Juniores têm a real experiência de trabalhar em uma empresa, assumindo cargos de liderança e realizando projetos. Em Santa Catarina, o movimento é representado pela Federação das Empresas Juniores de Santa Catarina, a FEJESC.

Frederico Mesquita, Engenheiro de Automação graduado pela UFSC, Administrador formado pela ESAG, e Doutor em Administração pela FGV de São Paulo, e que acumula experiências de trabalho em empresas como a Souza Cruz, AMBEV e Kaiser, ressalta o diferencial de seus funcionários que são ou já foram Empresários Juniores. Para ele, aqueles que passaram por uma Empresa Junior já estão em vantagem sobre os demais só pelo fato de terem buscado viver este tipo de experiência. Afirma também que os Empresários Juniores têm talento e responsabilidade, demonstram preocupação com o futuro, autonomia para realizar tarefas e tendências ao empreendedorismo. A sua opinião é conseqüência do tempo em que trabalhou indiretamente com o Movimento Empresa Junior e também tendo como base seus funcionários ligados ao Movimento.

O Engenheiro Administrador comenta também que a experiência de Empresa Junior agrega valores para a vida e a carreira do Empresário Junior, já que a exposição aos desafios propostos é uma oportunidade para desenvolver os talentos e amadurecer emocionalmente, estando assim mais preparado para o mercado de trabalho. Outro ponto forte destacado é o contato com a criação e execução de projetos na área de consultoria, pois o Empresário Junior é cobrado e exigido na Empresa Junior da mesma forma que será no mercado de trabalho.

Além dos benefícios já citados, Frederico Mesquita fala sobre outras vantagens de contratar Empresários Juniores. Com base em sua experiência na Ligmark, empresa de Contact Center que tem entre seus clientes a IG, a OI e UNIBIND, afirma que investiu menos tempo e dinheiro durante o treinamento. Segundo ele, os Empresários Juniores já têm um conhecimento de vivência de empresa, o que agrega valor imediatamente e evita o retrabalho. O esforço da empresa acaba sendo apenas moldar o conhecimento já adquirido pelo Empresário Junior, o que traz vantagens em curto prazo, diferentemente daqueles que não tiveram experiências deste tipo. Atualmente, a Ligmark tem em seu quadro de funcionários 4 pós- empresários juniores vindos de empresas federadas à FEJESC.

Segundo Mesquita, grande parte das empresas não busca esta aproximação com as Universidades, e, ao invés de tentar um contato anterior, ficam esperando que jovens talentos batam à sua porta logo depois de formados. As pessoas talentosas, segundo ele, se reconhecidas e valorizadas desde cedo, aumentam a competitividade das empresas, tornando-as mais bem posicionadas no mercado.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Filosofando por aí

Hoje questione-me sobre o motivo que leva as pessoas a casarem.
Eu acredito no casamento e quero me casar um dia, mas parei pra pensar em como as pessoas fazem a escolha do futuro cônjuge.
Você não escolhe alguém só por ser legal, tem que ser alguém com quem você passaria e irá passar o resto da vida. Isso torna a decisão ainda mais drástica.
Com certeza não vou dormir até achar uma resposta...ou talvez eu vá, sei lá =]
ó céus.

domingo, 1 de novembro de 2009

Tibet - entenda a questão com a China

No século VII, o imperador tibetano adotou o budismo e traduziu a literatura budista para a língua tibetana. Construiu muitos templos imperiais e monastérios. Os budistas acreditam que o Dalai Lama é a reencarnação de Buda. No século XVII, o quinto Dalai Lama desmilitarizou totalmente o país, promovendo o desenvolvimento das instituições monásticas e ampliou a política de não-violência. Apesar disso, a história do Tibet é marcada por muitas guerras.

Em 1720, durante a dinastia Ching, a China conquistou o Tibet. Em 1912, com a queda desta dinastia, os tibetanos expulsaram as tropas oficiais chinesas da região. Porém, em 1913 na conferência realizada em Shimla, na Índia, britânicos, tibetanos e chineses decidiram dividir o Tibete: uma parte seria anexada à China e outra se manteria autônoma. Ao retornar da Índia, o 13º Dalai Lama declarou oficialmente a independência do Tibet. Porém, o acordo de Shimla nunca foi ratificado pelos chineses, que continuaram a reivindicar direito de posse sobre o território. Em 1918, as relações entre as duas nações resultaram em um conflito armado. A Rússia e a Inglaterra intervieram no conflito, porém, sem sucesso. Assim, em 1933, com a morte do décimo terceiro Dalai Lama, o Tibet enfraqueceu politicamente.

No fim da década de 40 e início da década de 50, o Tibet foi, então, integralmente ocupado pelas forças comunistas de Mao Tsé-tung, sob o pretexto de libertar o país do imperialismo inglês e reconstruir o que considerava o território histórico da China. No dia 11 de novembro de 1950, o governo tibetano manifestou-se contra a agressão chinesa, mas a assembléia geral da ONU adiou a discussão do problema. Em 17 de novembro de 1950, com apenas 16 anos de idade, o décimo quarto Dalai Lama assumiu a posição de Chefe de Estado do Tibet.

Os tibetanos freqüentemente de rebelavam contra a presença de forças chinesas em seu país. Em 10 de março de 1959, dez anos depois do início da ocupação, os tibetanos organizaram uma grande revolta contra a China. Neste levante, ocorrido na capital Lhasa, a Resistência Nacional contra a China atingiu seu auge. Porém, a reação chinesa foi violenta: o Levante Nacional Tibetano deixou um saldo de 87.000 mortos e a fuga para o exterior do Dalai Lama, seguido por 100.000 tibetanos.

A fuga de Tenzin Gyatso, o 14º Dalai Lama, para o exílio no Norte da Índia, é o motivo porque a sede do governo tibetano se localiza lá até hoje. Seu governo, praticado do exílio, não tem reconhecimento internacional, mas tem obtido algum sucesso nesse projeto. Em 1989, o Dalai-Lama conquistou o prêmio Nobel da Paz por seus esforços e aumentou a simpatia internacional e apoio financeiro á sua causa. É reconhecido mundialmente como grande defensor da paz mundial e da não-violência.

Já faz 50 anos que a China ocupa o Tibet e até hoje as Nações Unidas nunca expressaram um protesto significativo contra a situação. A China alega soberania histórica, ameaçando assim a cultura e religião dos tibetanos. Por exemplo, as mulheres tibetanas são sujeitas a esterilização e ao aborto forçado. Essa estratégia visa ao que se chama de limpeza étnica e leva os tibetanos a se tornarem minoria em seu próprio país. E quem se manifesta contra a ditadura comunista é duramente repreendido.

A importância do Tibet para os chineses está nas suas possibilidades geopolíticas e econômicas, pois está situado numa posição estratégica em caso de ataque e possui abundância de minerais e petróleo. O governo chinês sequer considera a possibilidade de conceder a independência para o Tibet. A China utiliza-se de sua força – econômica, militar e diplomática – e defende obstinadamente a tese de que o Tibet é tão chinês quanto Hong Kong, cedido à força para a Inglaterra colonialista, transformado em paraíso capitalista e devolvido para a China em 1997. Para os chineses, o Tibet sempre fará parte da Pátria Mãe.

No livro Enterro Celestial, da autora Xinran, ela trata sobre a questão do Tibet como pano de fundo da trajetória de Shu Wen, uma mulher que, em 1958 parte em busca do marido, um médico do Exército Popular de Libertação que havia desaparecido na ocupação do Tibet. Em entrevista, a autora conta sobre a sua experiência:
"A primeira vez que visitei o Tibet foi em 1984, como jornalista. Pela primeira vez na minha vida experimentei o que significava viver em silêncio. Os tibetanos que observei pareciam se comunicar basicamente através da linguagem corporal ou por acordos tácitos. A segunda foi em 1995. Eu estava interessada em conferir de perto o que tinha ouvido de Shu Wen."

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Sob o Céu do Atacama

Marcamos o passeio para aquela noite. Íamos para o Tour Astronômico. Disseram-nos que poderia fazer -2° graus. Coloquei todas as roupas que tinha. Não queria passar frio. O deserto do Atacama, no Chile, é o local onde tem o maior observatório do céu no mundo.

Chegamos de ônibus em um local absolutamente escuro. Era uma casa, rodeada de diversos telescópios gigantescos. Entramos e, sob a luz de velas, um Astrônomo francês que falava "Alors" no meio das frases em Espanhol, começou a nos apresentar a história dos estudos astronômicos.
O mais legal é que ele fez isso de maneira leve e engraçada, mas ao mesmo tempo muito informativa.

Depois disso, ele nos levou pra fora da casa e olhamos todos para o céu. Nunca tinha visto nada tão magnífico. Parecia que tinham colocado sobre nós todos um tecido azul marinho cravejado de diamantes altamente brilhantes, que faiscavam disputando a nossa atenção.

Ele começou dizendo:
-"Antigamente só havia 3 coisas para se fazer durante a noite: Dormir e olhar as estrelas."
Então, com um LASER apontou para o céu e começou a desenhar as constelações do Zodíaco, para que pudessemos ver. A mais fácil, aliás, a única fácil de ver o desenho é Escorpião. As outras, segundo o astronômo, precisavam de muita imaginação ou fumo para serem vistas.

Assim, seguindo o "Passeio pelo céu do Atacama", ele mostrou várias manchas branco- esverdeadas no céu e disse:
-"São galáxias"

Eu entrei em choque. COMO ASSIM GALÁXIAS? Sim, galáxias. Outras galáxias que fazem parte do mesmo universo. Eu nunca tinha me sentido tão pequena em toda a minha vida.
Ai ele completou:
-"E esta mancha maior, a oeste, é a Via Lactea"

Olhei para uma mancha, mais branca do que as outras que percorria o céu. Fiquei estarrecida. Olha, a minha galáxia. Era linda, e muito grande. O Astronômo disse que era como se estivessemos no centro de um círculo, olhando para um dos lados dele, como se fosse um arco.

Depois do choque, fomos para o telescópio. Ele mostrou Júpiter. Sabe aqueles livros que temos na 3ª série, quando estudamos o sistema solar? Era a mesma imagem. Olhando sem telescópio, era uma estrela brilhante. Com telescópio, era um planeta azul-cinzento com 3 luas em volta.

Em seguida ele mostrou Alfa Centauro, que é o sol mais próximo depois do nosso. Sem telescópio, era uma estrela avermelhada. Pelo telescópio, parecia uma fogueira, muito contrastante com o azul escuro do céu.

As últimas surpresas da noite foram duas estrelas cadentes, que na verdade só foram vistas por mim. Da mesma maneira que surgiram no céu, desapareceram. O espetáculo da aparição durou algo em torno de 3 ou 4 segundos, e eu estava tão encantada que não tive tempo nem de avisar niguém, nem de fazer um pedido.

domingo, 4 de outubro de 2009

A princesa ocupada

Era uma vez uma princesa que estava muito ocupada estudando e não tinha tempo, muito menos criatividade para escrever no seu blog. Por isso, ela postava histórias sobre isso.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O menor conto de fadas

Era uma vez uma princesa que morava num castelo. Um dia ela conheceu o príncipe encantado.
Eles casaram e foram felizes para sempre.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

A garota perfeita

Sabe aquela garota que está sempre bem vestida, com o cabelo maravilhoso, o rosto sem nenhuma mancha e de quebra, toda maquiada e com as unhas lindas, como se tivesse acabado de sair do salão?
Então, esta não sou eu.
Eu não consigo variar muito minha calça jeans velha e um all star, que além de surrado, está sujo. Sem contar o meu moletom favorito...
Meu cabelo tem vida própria e por isso em geral está amarrado (ou na coleira...) pra me dar um ar mais apresentável. Não é só isso...roí minhas unhas há quase uma semana e não tive motivação suficente para fazê-las. Não tenho exatamente culpa. Dias chuvosos me desanimam. Acho que é algum tipo de trauma. E está chovendo há algum tempo.
Hoje de manhã, enrolada até as orelhas no cobertor, não quis levantar-me até lembrar daqueles biscoitos de chocolate. Sim, biscoitos de chocolate. Como não sou uma das garotas perfeitas, me entupo de biscoitos de chocolate quando estou desanimada. Elas saem pra correr ou vão à academia. É por isso que elas tem o corpo que eu desejo e eu não. E se eu continuar com os biscoitos de chocolate, eu também não terei.
Mas só de lembrar de tudo que tenho que fazer, sinto-me mais motivada a empanturrar-me de biscoitos do que cumprir a lista.
Acho que ouvi um biscoito me chamando... com licença, vou até a cozinha conferir...

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Meu Pé de amora

Quando me mudei para esta casa ganhei uma Amoreira. Esperei alguns anos para que ela desse amoras, e quando deu, senti uma felicidade plena ao entupir-me de amoras.
E assim foi durante muitos anos e nós crescemos juntas.
Um dia ela ficou doente. Apesar de todos os meus protestos contra, ela foi cortada, já que não havia mais solução para o caso. Logo que voltei do Estados Unidos, depois de passar 3 meses lá, tive uma imensa surpresa ao chegar em casa. Lá estava ela, ainda pequena, mas já maior que eu (nota-se que eu não sou muito alta...), com as folhas muito verdes e bonitas. Ela tinha renascido, assim como uma fênix, que depois de morrer, ressurge das cinzas.
Fiquei mais feliz do que quando a ganhei, pois o renascimento dela me trouxe esperanças em uma fase difícil.
Então, no último mês acompanhei as primeiras amoras da minha amiguinha do jardim. Primeiro bem pequenas e verdinhas, depois meio rosadas e finalmente arroxeadas.
Neste momento, ao vê-las pela janela, questiono-me sobre o fato de ter esperado o ano todo por amoras, e agora não ter tempo nem de ir até o jardim comê-las.
Acho que preciso rever minhas prioridades.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Harry Potter Maníacos

Eu, como uma viciada em HP, fiz uma lista de atitudes que só viciados tem. Espero que alguém se identifique... ou talvez eu me interne!!!!

1- Dizer "Alorromorra" quando não acha a chave e não consegue abrir a porta (conheço uma que com certeza vai se identificar)

2- Classificar todos os seus amigos entre as casas de Hogwarts, e se afastar daqueles que, no seu julgamento, pertecem à Sonserina

3- Ficar horas na sessão de vassouras do supermercado, enquanto seu irmão fica vendo os cds e

4- Comentar com quem passa "Puxa, esta Firebolt é o máximo, pena que perdi a minha Nimbus no último jogo de quadribol"

5- Esquentar cerveja no microondas e misturar manteiga. E contar pra todo mundo que é deliciosa

6- Chamar todos os seus amigos CDFs de Hermione

7- Sair correndo na direção do muro que divide a plataforma 9 e 10 na estação de trem. E depois, tendo a testa roxa, ter que explicar para o guarda que trabalha no local: "Alguém deve ter fechado a passagem, provavelmente não querem que eu volte pra Hogwarts"

8- Ao invés de um cachorro, pedir uma Coruja de aniversário

9- Ter um caldeirão na cozinha ao invés de uma panela

10- Apelidar a cozinheira de "Elfo Doméstico" (Esta é sacanagem)

11-Gritar Accio quando não conseguir achar alguma coisa

12- Acha que a sua vizinha fofoqueira é uma trouxa que trabalha para os comensais da morte

13- Na hora da chamada oral, dizer "Confundus" para a professora e não entender como ela ainda consegue te mandar para a sala do diretor

14- Tenta exaustivamente fazer o feitiço que a Hermione fez no sexto livro, fazendo caber tudo e mais um pouco na mochila.

15- Usar o lençol novinho que a sua mãe comprou como "Capa da invisibilidade" e perguntar que tipo de feitiço ela fez para te achar.

16- Entrar na loja de doces e perguntar se eles vendem "Feijõezinhos de todos os sabores"

17- Fazer um uniforme igual ao do Harry Potter e ir à todas as pré-estréias fantasiado.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Patriotismo?

Hoje, comemoração do aniversário de 187 anos da Independência do Brasil, não poderia falar de outra coisa.
Pela primeira vez na vida fui à um desfile de 7 de Setembro. Pode soar pouco patriótico, mas infelizmente é verdade. Devo confessar que me surpreendi com o número de pessoas que estavam no local. Não achei que existissem tantas pessoas dispostas a sair de casa em um feriado de sol para assistir a um desfile. Em Floripa? Mais provável que tivessem ido à praia...

Mas bem, foi com grande emoção que participei. Dei-me conta de que somos uma nação. Senti-me fazendo parte de algo maior que o meu mundinho de faculdade-judô-tv-livros-família. Vendo todas aquelas pessoas em seus uniformes de gala, marchando ao som da banda, vi que há pessoas que zelam e lutam pela honra de nosso país, enquanto a maioria só reclama e não faz nada para mudar. Vi que há organizações inteiras que tem o objetivo de fazer do Brasil um lugar melhor para todos.
Senti-me brasileira. E tive muito orgulho disso.

domingo, 6 de setembro de 2009

Obama não veio jantar

Estou no trabalho. São 17h. A cidade é Corpus Christi no Texas.
Nesta noite, Obama, o pré candidato do partido democrata e concorrente da Hilary Clinton, fará um comício bem próximo de onde eu trabalho. Na verdade é no Centro de Eventos da cidade, o outro prédio da rua.
O telefone toca. Atendo e a voz do outro lado pede uma reserva para as 19h30, depois do comício do Obama. Droga! Todo mundo vai menos eu...
Depois da décima ligação pedindo reserva para este horário estou quase xingando quem liga.

Trabalho no vigésimo andar, em um restaurante que parece um aquário. Através das janelas vejo perfeitamente o prédio em que está acontecendo o comício, lugar onde eu deveria estar ao invés deste restaurante idiota. Mas não consegui ninguém que trocasse de horário comigo para que eu pudesse ir.
Tudo bem...
Vejo muitos carros estacionados...não sabia que tinha tanta gente na cidade...
As luzes lá fora se acendem e o céu está escuro....olho no relógio do computador, que marca 18h48.
Penso no que poderia estar presenciando e não estou...

Tento conversar com a menina que trabalha comigo. O nome dela é Ashley, e ela não é exatamente legal comigo. Em geral fica mandando mensagens pelo celular e me ignorando...a não ser quando entra alguém e ela manda que eu leve até a mesa. Mas eu não me importo, já que quanto mais tempo ficar longe dela melhor. Além do que, sempre aproveito para dar uma volta pelo restaurante e conversar com algum Server desocupado, ou correr atrás de algum D.R.A (Dining Room Attendant) para pedir favores, sempre evitando o outro brasileiro que trabalha lá, que consegue me tirar do sério só de abrir a boca.

Mas bem, por não ter nenhum motivo aparente para circular pelo restaurante, e tendo que ficar no Hostess Stand, pergunto pra ela sobre política, Obama/Hilary e ela se empolga, sendo simpática como nunca tinha sido até então.
Ela me explica tudo. Diz quc não se pode ser mulher e republicana, porque eles são machistas e contra o direito das mulheres, além de serem conservadores.
Diz que é o máximo ser democrata, já que eles são "pro-abortion", apoiam os "gay-rights" e as mulheres. Diz ainda que no South Park eles chamam a Hilary de "Hildog".

Olho pela janela, e vejo os carros saindo do centro de eventos.
Ashley diz também que, no comício do Clinton ele foi jantar neste restaurante onde trabalhamos.
Achei o máximo! Imagina se o Obama fosse lá também e eu conseguisse entrevistá-lo? Até fiquei mais bem humorada.

-"Hello, good evening", digo para um casal que se aproxima.
-"Hi. We have reservation to 7h30 pm. My name is Jones".
-"Mrs. Jones, please allow me to escort you to your table"
-"Yes, of course"
Enquanto andamos até a mesa, pergunto ao casal se eles estavam no comício. Eles dizem que sim, e contam-me um pouco sobre o evento. Nada demais, só coisas como a quantidade de pessoas, e que eles não sabem em quem votar ainda.

Esta situação se repete algumas vezes durante a noite. Cada vez que escuto o barulho do elevador tenho esperanças de que seja o Obama "himself".
Lá pelas 20h, chega uma jovem mãe, com um filho de uns 10 anos.
Enquanto os levo até a mesa, faço a mesma pergunta.
-" He is pretty inspiring" disse o menino.
É incrível. Todos aqueles adultos provavelmente super graduados com quem conversei não conseguiram me dar uma resposta simples e brilhante como a daquele garoto. Ele não se preocupou em me dizer além do seu sentimento, e era isso que eu esperei ouvir a noite toda.
Realmente fiquei surpresa.

Depois disso, a noite passou rápido, muitas pessoas entraram, saíram, e realmente não ouvi uma resposta melhor do que a que o menino deu-me sobre Obama e seu comício.
Eram 11h da noite, hora de fechar o restaurante. Infelizmente Obama não veio jantar no único restaurante "Four diamond" de todo o Texas, e eu não o entrevistei.

Acho que acabei dando uma de Gay Talese, que não entrevistou Frank Sinatra...

Crise Nervosa

Estou no meio de uma crise nervosa. Sinto que minha cabeça vai explodir em 100000 pedaços a qualquer momento e minha pálpebra direita treme involuntáriamente desde ontem. Além disso, roi todas as minhas unhas. Estou ignorando meus deadlines simplesmente por não aguentar mais.
Eu me cobro demais. Por coisas pequenas, por coisas grandes, por coisas que existem e que não existem.

Eu me sinto insegura. Tenho medo do passado, do futuro, de quem eu fui, de quem eu sou e de quem serei. Tudo me dá medo. Ou pelo menos causa receio.
Os dias passam e não os vejo passando. Alguém acelerou os relógios. Meus dias não rendem e não sei qual foi o momento em que larguei tudo de mão, mas sei que foi em algum do passado recente.
O passado me assombra e o futuro me oprime. E eu realmente preciso que isso tudo acabe.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Na praia

Uma menina de chapéu de bolinhas vai à praia. Ela olha o céu e o mar azul. Ao longe avista um barco e lembra de algo bom. Levanta da cadeira e sente a areia no meio dos dedos. Espera. É como se o tempo tivesse parado. Fecha os olhos, escuta o barulho do mar e imagina um vazio. Caminha até o penhasco. Pula em direção às pedras e ao atingir a água gelada lembra-se de seu aniversário. Deixa saudades.
* By Luíza Fregapani e Wesley "Faraó" Klimpel

sábado, 29 de agosto de 2009

Montanha-Russa

Cheguei ao parque e vi aquela montanha-russa gigantesca. Virei pra minha prima e perguntei: "E ai, vai ter coragem?" Ela riu, nervosa e disse: "Claaaro".

Fomos pra fila. Pude observar vários rostos apreensivos. Algumas pessoas estavam nervosas, e outras riam delas. Mas, por mais medo que sentissem, ninguém queria passar a vergonha de voltar pela fila. Ninguém queria desistir. Na realidade, não sei o que motiva as pessoas a fazer algo da qual elas sentem medo, às vezes pânico, só por diversão. Adrenalina? Sei lá.

Quando estava quase na nossa vez, decidimos ir no primeiro carrinho. Achamos que ia ser mais emocionante. A catraca abriu e entramos. Sentamos no banco, uma ao lado da outra. Por ser daquelas invertidas, meus pés ficaram balançando no ar. Olhei pra baixo e vi uma fina estrutura metálica. Era cinza e toda furadinha.

Fiquei nervosa. Dar loopings com os pés soltos pra cima era algo que eu não queria imaginar...Veio a monitora do parque conferir se estava tudo certo no nosso carrinho. Ela baixou a barra de proteção muito apertada. Mas vi o percurso da Montaha-russa e concluí que era melhor estar apertada mesmo..

Foi então que minha prima perguntou pra monitora:
-"Você já andou aqui na Montanha-russa?"
E ela respondeu com a maior voz de tédio possível:
-"110 vezes"
Juro que neste momento pensei em quais motivos levariam alguém a andar 110 vezes no mesmo brinquedo e não consegui pensar em nenhum...

Ela se afastou e o carrinho começou a andar. TEC TEC TEC TEC.." ok, é só a subida"...." o problema vai ser quando começar a descer"... Sinto em informar que depois do TEC TEC TEC da subida não lembro de nada muito precisamente...lembro que era rápido, que minha cabeça parecia uma bolinha de ping-pong batendo nas barras de proteção, e que eu gritava mais porquê estava doendo do que pela emoção. Lembro do looping, no qual as minhas pernas quase dobraram ao contrário. E lembro precisamente da minha prima gritando na minha orelha, o que não me permitia raciocinar direito.

Lembro que logo depois que a velocidade parou o silêncio momentâneo foi instaurado, seguido de risadas nervosas e até meio desesperadas...O carrinho seguiu e parou em cima da estrutura metálica cinza... Vi rostos ansiosos por sua vez de ter emoção...As barras de proteção se soltaram e eu desci. Eu e minha prima nos olhamos e sorrimos, com a certeza de que a outra estava pensando a mesma coisa.
Aí entramos na fila de novo.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Em um campeonato de Judô qualquer

Visto a camiseta, coloco a calça do quimono, e entro no ginásio. Há tempos não entrava em um lugar tão cheio. Cada lugar na arquibancada está tomado. Sinto o cheiro de campeonato no ar, e por incrível que pareça isso me acalma.

Respiro fundo. Coloco o casaco do quimono com cuidado e amarro a faixa de maneira caprichosa, mesmo sem prestar muita atenção. É a minha estreia com a faixa marrom. Sinto-me ansiosa. Tento prestar atenção na área 1, onde está tendo uma luta entre 2 garotos, mas não consigo. Páro pra escutar o que o locutor está dizendo e me dou conta de que logo será minha luta.

Então escuto. "Próxima luta na área 2, Luíza Fregapani - IEE com a faixa vermelha e Juliana Silvera -SKD". Minha mãe diz algo que eu não consigo entender, mas concordo com a cabeça. Vou andando em direção a área 2, devagar. Sinto um leve tremor na mão esquerda. Várias pessoas dizem: "Vai lá!" "Boa luta" e eu só sorrio pra elas. Minhas palavras não fariam sentido se eu tentasse responder em voz alta.

Chego e paro ao lado do juiz, que pergunta se eu sou a Luíza. Respondo afirmativamente com a cabeça e espero que ele me chame para entrar no Tatame. Então, eu respiro fundo e me concentro. Sinto todo o meu corpo. Respiro de novo, prestando atenção em cada detalhe. Pulo no lugar algumas vezes, até sentir um alívio momentâneo. Minhas pernas começam a ficar firmes. Sinto meus braços fortes. Percebo que estou abrindo e fechando as mãos para aliviar a tensão. Respiro novamente.

Me concentro mais. Desta vez vejo meus pensamentos. Fecho os olhos e imagino a luta. Imagino a minha adversária. Vejo seus passos, seus movimentos e a minha resposta a eles. Preparo dois ou três golpes. Penso nos contra-golpes. Sinto os movimentos que devem ser feitos e condiciono meu corpo a fazê-los. Parece que estou assistindo a um filme.

O juiz chama. Cumprimento para entrar no tatame e amarro a faixa vermelha, marca do primeiro lutador a ser chamado para a luta. Respiro novamente, a fim de manter os movimentos claros na minha cabeça. Olho para a minha adversária nos olhos. Ela está séria e não me olha. Parece concentrada também.

O juiz faz sinal para nos aproximarmos e nos cumprimentarmos. "Hájime" grita ele. Aproximo-me dela e seguro firme com a mão direita na gola. Ela faz o mesmo na minha. Damos uma meia volta. Ela vira agilmente e entra um Koshi Guruma. Seguro-a pelo quadril e saio do golpe. Sinto-me ficando tensa. Aproximo-me e entro o Ô-Uti-Gari, mas ela tira a perna. Damos mais uma volta, ela tenta um Seoi-Nague. Eu giro o corpo e tento o contra-golpe. Ela joga o corpo na direção oposta e fica de frente pra mim. Movimentamos um pouco pelo tatame, tentando observar os movimentos uma da outra.

Respiro fundo e lembro-me dos movimentos que tinha imaginado. De repente tudo para. Não escuto mais nenhum barulho. Parece haver apenas nós duas no universo. Rapidamente troco a pegada da gola para a mão esquerda. Neste momento vejo tudo em câmera lenta. Ela fica confusa e demora 1 segundo pra trocar também. Aproveito o momento. Puxo-a para perto de mim, enquanto giro o corpo. Em seguida flexiono de leve os joelhos, encaixo o quadril e entro o golpe. Mal tenho tempo de sentir o corpo dela nas minhas costas antes de jogá-la e vê-la deitada no chão.

"Ippon, Soromadê" diz o juiz. Acabou. Respiro novamente, estendo a mão para ajudá-la a levantar. Volto a enxergar o ginásio, as pessoas. o barulho agora parece ensurdecedor. Cumprimento-a pela luta, e cumprimento novamente antes de deixar o tatame.
Sinto um alívio a medida que a endorfina toma conta de mim e sorrio, com uma das melhores sensações do mundo: Aquela que só os vencedores conhecem.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

O baú

Todos temos um baú cheio de tralhas velhas. Lembranças, coisas que aconteceram, pessoas que passaram, angústias, sonhos, pensamentos. Tudo que fazemos, seja bom ou ruim, acaba indo parar neste Baú.

Então, um belo dia, resolvemos abrir este baú pra ver o que tem dentro. Algumas pessoas lidam bem com isto, outras não. Às vezes, encontramos coisas que nos fazem sorrir. Outras vezes, encontramos coisas que nos fizeram sofrer, e que ainda fazem.

Em geral, eu não abro o baú se não estou preparada para encarar tudo que vai sair lá. Às vezes dou um tempo, espero o tempo passar e as coisas esfriarem. Ai sim, posso abrir e jogar fora aquilo que me faz mal ou aquilo que não quero mais. Muitas vezes acontece de eu me considerar preparada para abrir o baú, quando na verdade não estou. Aí eu sofro e fico triste, pois não esperei o suficiente e o que era pra ser algo bom, torna-se algo ruim.

Mas este aprendizado é algo que vem com o tempo. Não iremos aprender de uma hora pra outra. O mais importante é aprendermos que não faz sentido guardarmos coisas que nos fazem mal e nos envenenam, se o melhor a fazer é jogar tudo fora e abrir espaço guardar as coisas boas. Pois afinal, os baús são utilizados somente para guardar tesouros.

domingo, 23 de agosto de 2009

O Tempo

O tempo é algo extremamente relativo.
Quando somos crianças, o tempo demora muito mais tempo pra passar. Cada ano escolar é quase um século. O aniversário demora, o Natal não chega, e a Páscoa é um evento remoto...
Meu irmão tem a seguinte teoria. Quando temos 1 ano de idade, aquele um ano representa toda a nossa vida. Ou seja, tudo que aprendemos até então foi naquele ano.

Quando temos 4 anos, um ano representa 1/4 da nossa vida.
Quando temos 20 anos, um ano representa 1/20 da nossa vida. Já é uma fração bem menor. Confundimos as datas (aquilo foi neste ano ou no ano passado?) e por causa da faculdade, temos o antigo ano escolar dividido em 2 semestres. Quando vemos já é virada de ano e nem nos organizamos para realizar os propósitos do ano passado, o semestre começou e já está acabando e os anos passam sem maiores delongas.

Por exemplo. Hj é dia 23 de agosto. Logo vem 7 de setembro, dia das crianças, finados (ai já é fim do semestre), dia da independência, acabam as aulas e temos o Natal, o ano-novo (ai já é ano que vem), o Carnaval, a volta às aulas (ai já é semestre que vem...).

Por isso, não adianta passar pela vida sem aproveitar. Acredito que devemos tirar férias um pouquinho todos os dias, pois elas demoram pra chegar, e quando chegam, acabam antes que possamos nos dar conta. Quantas vezes deixamos pra amanhã, e este dia nunca chega? Além de ser construída com as coisas que fazemos, a vida é construída também com as coisas que deixamos de fazer.
"Por que passar pela vida sem ser notada?" Aquamarine Movie.

sábado, 22 de agosto de 2009

Pré primeiro encontro

Estou me arrumando para sair com meu novo pretendente. Ele passa aqui em 38 minutos. Eu o conheci em um jantar de amigos em comum. E após, alguns dias, ele finalmente ligou e aceitei um convite para ir à Opera.

25 minutos: Estou ansiosa. Quero muito que ele goste de mim. Mas não sei do que ele gosta, ou quem ele espera que eu seja. 13 minutos: A temperatura do meu corpo está aumentando. Quer saber, por um lado é bom, já que o vestido fica melhor sem casaco.

8 minutos: Estou doida pra fazer uns abdominais pra liberar esta energia acumulada, mas pode estragar a maquiagem, ou sei lá! Aliás, com esta energia toda juro que poderia correr uma maratona inteira! 5 minutos: e se ele não gostar do vestido? Será que devo trocá-lo?

1 minuto: ele ligou. Não creio! Ele se perdeu. Tá, eu sei que moro num lugar escondido, não deve ser desculpa furada!!! Tudo bem, respira fundo que vai dar tudo certo!!!
Ó céus, tem alguém batendo na porta!!!! Ele chegou.

Tá, não era ele, era o cara da pizza. Pro vizinho. Como alguém não sabe ler o número da casa??? Eles deveriam fazer um processo seletivo mais exigente para entregador de pizza.

Ai, meu celular está tocando!!! Agora é ele!!!! Ele chegou! Ok, ok, take it easy!!! Checo novamente minha roupa, minha maquiagem, pego minha bolsa e saio correndo escada a baixo, o que me rende um quase tombo. Chego na sala. Droga, cadê a chave da porta? Ah sim, no porta-chaves!

Abro a porta, digo boa noite e sorrio. Então páro, estarrecida e absolutamente hipnotizada por seus olhos e seu sorriso. Então, após alguns milésimos de silêncio, ele pergunta:
"Vamos?"
E por não conseguir responder nada, aceno que sim com a cabeça, ando ao seu lado até o carro e espero ele abrir a porta.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

17 maneiras inusitadas de se conhecer um grande amor

1- Perguntar as horas para alguém no ponto de ônibus.
2- Esbarrar em um cara lindo no supermercado e vocês se apaixonarem à primeira vista.
3- Estar no mesmo supermercado, e ao mesmo tempo estender a mão para pegar a mesma coisa que ele (este é o sonho de uma amiga!).
4- Ser relocada diversas vezes de lugar num avião e, por acaso, parar do lado da equipe brasileira masculina de algum esporte.
5- Estar no metrô, e por acaso, virar para olhar para alguém ao mesmo tempo que esta pessoa vira para olhar você (olha, esta foi com os pais de uma amiga!)
6- Ir em um baile dançante do clube (Papai e Mamãe).
7- Ir na reunião do condomínio do seu pai com ele. (aconteceu com uma prima minha).
8- Fila do Xerox ( foi só amizade, mas vai que fosse amor?).
9- Passar pela frente de uma escola de música e se apaixonar pela voz de alguém lá dentro (Vovô e Vovó).
10- Parar para pedir informações.
11- Ser atropelada (muitas chances: o cara que te atropelou, o bombeiro que socorreu, o médico de plantão...).
12- Reparar se as pessoas são canhotas ou não. 13- Entrar em uma loja e o vendedor perguntar: "A gente por acaso não se viu por aí ?" e você cair na dele (esta foi comigo!).
14- Frequentar um grupo de jovens (Conheço algumas histórias do tipo !!!).
15- Andar de elevador (vai que vc fica presa e rola um papo...).
16- Ter um amigo de infância (isso sempre acontece nos filmes!).
17- Ir passar férias na casa da avó e conhecer o vizinho! (Vovô e Vovó também, desta vez do outro lado da família).
Resumindo, quando você menos espera, acontece. Não dá pra prever quando nem onde. E se desse, qual seria a graça?

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Universo Paralelo

Eu tenho a teoria de que existe um universo paralelo. Um universo pra onde vai tudo aquilo que perdemos. Não só objetos, como o meu vestido rosa, o meu livro "As boas mulheres da China" e o meu óculos escuro, mas todos os sonhos que temos e não lembramos, todas as vontades frustradas, todos aqueles sorrisos, olhares e palavras que ficaram no ar. Tudo aquilo que podia ter sido e não foi, todos aqueles segundos que antecedem o não agir, o não falar, o não medir. Todo o tempo que ficamos na dúvida, todas as situações em que deveríamos ter dito e não dissemos, o tempo que passou e o que ainda não passou. E eu tenho esta teoria pois já passei por momentos em que o universo paralelo se abriu de maneira tão clara que só podia ser real. Mesmo que por poucos segundos, senti que tudo podia ser diferente e que eu poderia mudar, não só os momentos que já passaram, mas aqueles que ainda estão por vir.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

The flash and the honor

Gay Talese is one of the most famous Journalist in the world. He is a reference name of the "New Journalism", one way of writing with a dead line bigger than usual. It´s a way of telling notices almost like literature, just chasing some different aspects of the real fact. As he said, "I wanted to be a journalist without writing notices, I wanted to be a fiction writer writing non-fiction". Foo exemple, during a Boxe fight, Talese would write about the guy who rings the bell, the mother of the fighter who was blooding and people who is watching. Why not about the winner? Cause everybody could do it.

Gay Talese made a very nice profile of Frank Sinatra. He didn´t talk with Frank Sinatra himself, but he talked with a lot of people that meet Sinatra, everybody in a different way. "He didn´t want to talk to me, and I didn´t want to talk with him" said Talese. He describes a scene in the bar, where the singer is with two blond girls, and after write down one dialogue, betwen Sinatra and the writer But Ellison, very bad to Sinatra´s image, actually.

I meet Gay Talese at FLIP (International Literature Festival in Paraty - Brazil). He is an old man in age, but looks very young walking thrue peolpe with a pen in the right hand, read to sign his name is books and talk with fans. He is a very well dressed man, with his panama hat and dark blue suit. Talese and his hat were very easy to see at FLIP, cause he was participating of a lot of events.

I meet him during one of this events (sorry, I really don´t remember what author was talking in this event!) .
I saw him and he was alone. I decided run until him, before somebody else did it. So I walked til him, taked a deeply breath and said:
- "Hi, Mister Talese"
He turned to see who was talking and said:
-Yes?
- Can you please sign my book? It´s a great honor to meet you.
He looked into my eyes and said:
- It´s my honor young lady.
I was so happy! Just like a child caring a very special gift. At this moment, my friends get closer and one of them said:
- "Can we please take a picture with you?"
So, he just smiled and waited for the flash.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Barca dos livros

“A margem da página, é a margem do mar, de imagem e mágica, onde essa barca vai nos levar. Lá vem a barca dos livros, carregada de tesouros, quem embarca num bom livro, fica livre fica vivo.” Com essa música começa o passeio da Barca dos Livros.

O projeto, que foi idealizado no ano 2000, realiza passeios de barcos com contação de histórias. Ocorre uma vez por mês na Lagoa da Conceição, dura em média 50 minutos e traz música, histórias e coloca livros a disposição das crianças.

A idéia surgiu com Tânia Piacentini, que por ser consultora da Fundação Nacional do livro Infantil e Juvenil, recebia em média 800 livros por ano e precisava dar um destino social ao material. Quando constatado que em Florianópolis só existiam duas bibliotecas, a biblioteca pública estadual no centro da cidade e a municipal no Estreito, a Sociedade Amantes da Leitura criou a Biblioteca Barca dos livros, na Lagoa da Conceição.

A Sociedade Amantes da Leitura é uma ONG, idealizada por pessoas que tem em comum o gosto pela leitura. A ONG realiza projetos como a Biblioteca Barca dos Livros, que em 2007 ganhou um prêmio na categoria de melhor projeto de incentivo a leitura do país e os passeios de barca com os contadores de história. “Para as crianças é um exercício de imaginação transformar a palavra em imagem. Tanto ler quanto ouvir histórias exige isso”, expõe Gilka Girardello, uma das contadoras de histórias do projeto.

A biblioteca, que no mês de abril recebeu 1050 pessoas de toda a grande Florianópolis, empresta livros de literatura para sócios de todas as idades. Dentro da biblioteca, existem projetos para adultos, como as aulas de contação de histórias e cursos de leitura em voz alta.

"A importância de uma Biblioteca é oferecer a população a oportunidade de ler gratuitamente. Quem lê, têm muito mais chances de fazer a sua inclusão na sociedade, e a biblioteca visa formar leitores de todas as idades.” completa Tânia Piacentini. Para incentivar a leitura de seus alunos, diversas escolas públicas e particulares levam seus alunos à Barca, e estas visitas à biblioteca são um incentivo a mais para que os alunos adquiram o hábito da leitura.

Mais informações http://www.amantesdaleitura.org/

domingo, 16 de agosto de 2009

Seja bem - vindo, mas não se esqueça de ir embora

Trânsito, falta de água e praias lotadas são alguns dos motivos para a aversão que os moradores de Floripa têm a turistas.

Haole é uma expressão usada no Havaí para designar de maneira pejorativa aqueles que vêm de fora do arquipélago, expressão esta que também é utilizada aqui na ilha. Segundo Flávio Vidigal, no Havaí, foi criada para expressar o descontentamento dos nativos quando anexado como estado norte-americano. Em Floripa, é usada para designar qualquer pessoa que não seja nativa, na frase “Fora Haole”, facilmente encontrada pichada em muros e no vocabulário de alguns moradores.

Segundo dados da Santur, Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte de Santa Catarina, a passagem estimada de turistas no estado em janeiro e fevereiro de 2008 foi de (4,3 milhões) pessoas. Destes, 34,17% eram do próprio estado, 25,55% do Paraná, 20,51% do Rio Grande do Sul e 11,96 de São Paulo.

Florianópolis é uma cidade turística que atrai visitantes, não só do país, como do mundo todo. Durante a alta temporada o fluxo de carros aumenta, não há abastecimento suficiente de água, os preços sobem drasticamente, as praias ficam lotadas, e uma das coisas que mais se escuta é sotaque de pessoas de fora. Por estes e outros motivos, não são raras as reclamações a respeito dos turistas.

Algo que incomoda o ilhéu é sentir-se visitante em sua própria cidade. Os turistas vêm passear e trazem consigo seus hábitos, suas gírias e seus palavreados típicos. Quem nunca viu um grupo de gaúchos tomando chimarrão na praia e falando “mas, bah tchê!” ? Ou um grupo de argentinos jogando bocha ou padel, aquele jogo parecido com o tênis? Ou carros com placa de fora que quase atropelam os pedestres mais desavisados que estão acostumados com motoristas que param na faixa de segurança? Como são muitos turistas, vindos de lugares diferentes, os moradores sentem uma mudança na ordem da cidade.

Em geral, os moradores da ilha não se queixam da quantidade de turistas, mas sim daqueles que resolvem ficar por aqui depois das férias. Isso é uma prática relativamente comum, já que, muitos daqueles que conhecem a cidade, encantam-se e não querem mais ir embora. Atualmente, temos um número muito elevado de pessoas vindas de outros estados que fixam residência na cidade. Segundo dados do IBGE, no censo de 2000 Florianópolis tinha 342.315 habitantes, hoje, são 396.723.Foi um aumento populacional de quase 16%, em pouco menos de 10 anos.

Pedro Augusto Kuhnen, aluno de Jornalismo da Unisul, realizou em 2008 uma pesquisa sobre a xenofobia na capital catarinense, com o objetivo de identificar as características do sentimento xenófobo em Florianópolis. Xenofobia é a aversão natural do ser humano em relação àquilo que julga diferente. Apesar de ser a definição correta, é usada como referência a qualquer forma de preconceito, como racial, cultural, religioso ou outro.

A pesquisa sobre o movimento xenófobo em Florianópolis teve 71 entrevistados para a sua coleta de dados. Do total, 43 eram pessoas vindas de fora e 16 relataram ter sofrido ou conhecer alguém que tenha sofrido algum tipo de hostilidade na cidade. Os casos mais citados foram violência física, danos matérias e violência moral. Em sua maioria, foram acusados de ocupar vagas de estudo ou trabalho, as quais os agressores julgavam ter direito. Segundo a pesquisa, praias, colégios e universidades foram identificados como os locais com mais casos de hostilidade em relação às pessoas de fora.

Rita de Cássia Silva, nascida em Florianópolis nos anos 50, mas de origem tradicionalmente gaúcha, diz que em sua família foram mantidos os hábitos, cultura e sotaque gaúcho, a tal ponto que até hoje é questionada quanto a sua origem. Acredita que há sim certa resistência dos novos moradores em aderir aos costumes ilhéus em detrimento dos trazidos de suas cidades.

Procurando em comunidades do Orkut relacionadas ao tema, encontram-se “Ainda vou morar em Floripa”, com 27.116 membros e “Diga não à xenofobia”, com 15.183 membros. Porém, existe um sem número de comunidades “Fora Haole Floripa”, e variantes, como “Fora Haole Joaquina”, todas com uma quantidade baixa de participantes, mas que utilizam vocabulário muito agressivo no seu posicionamento contra turistas.

A xenofobia em Florianópolis está presente em várias discussões. Em uma delas, um não- nativo acredita que o sentimento se dá pelo medo da ocupação desordenada e perda da qualidade de vida por parte dos moradores da cidade. Outro entrevistado diz que o nome do movimento não deveria ser “Fora Haole”, mas sim “Fora turista mal educado e folgado”, pois acredita que é a atitude do turista que incomoda os moradores locais, e não o fato de virem de outras cidades.

Florianópolis foi considerada uma das cidades turísticas mais procuradas neste verão, e é natural que as pessoas queiram morar aqui depois das férias. Aron Lobo, de 20 anos, diz que há certo receio dos moradores em relação à perda da cultura local, e a destruição do ambiente.

Bruno Bastos Venâncio, professor de Judô, natural de Florianópolis, diz não ter nada contra turistas desde que eles voltem para suas cidades de origem após as férias. Acredita que a cidade está um caos, por causa do crescimento desordenado, e que já não há espaço para mais ninguém. Ressalta também que “manézinho já é coisa rara por aqui”.

* Para deixar claro, este post não representa a minha opinião, ok? Foi uma matéria escrita para o Zero, Jornal Laboratório do Jornalismo da UFSC. Além disso, nasci no Mato Grosso do Sul, portanto sou "haole" também;

sábado, 15 de agosto de 2009

Nostalgia

Estamos na estrada. A direção é do norte para o sul, e o meu Ipod tem as músicas de trás pra frente.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Freakonomics - Economia para curiosos


“O moralismo representa a forma como as pessoas gostariam que o mundo funcionasse, enquanto a economia representa a forma como ele realmente funciona. A economia é, acima de tudo, uma ciência feita para medir. Possui um conjunto incrivelmente eficiente e flexível de ferramentas, que também podem ser utilizadas com relação a temas mais...ora, mais interessantes” (Pág. 15).

Logo nas primeiras páginas descobre-se que este não é um livro comum de economia. Temas mais interessantes? O que os autores quiseram dizer com isso? Quiseram dizer ao leitor que iriam abordar assuntos comuns, e até mesmo batidos, mas por meio de ângulos até então inexplorados, o que sacudiria a certeza que tínhamos adquirido do senso comum por meio de osmose. Freakonomics é isso, economia excêntrica para a tradutora, e bizarra, se traduzida com outra palavra.

As histórias contadas no livro não costumam fazer parte das aulas de economia, e segundo o autor, isso se dá pelo fato de que foram utilizadas ferramentas da economia para analisar toda e qualquer idéia de situação excêntrica que viesse a sua mente. Essa é outra justificativa para não haver um tema centralizador no livro, como estamos acostumados. Afinal, qual é a graça de lermos sobre histórias com início, meio e fim, e cujo final podemos prever?

Steven Levitt recebeu recentemente a medalha John Bates Clark, concedida ao melhor economista americano que tenha menos de 40 anos. Apesar disso, não se considera economista, e diz não gostar de matemática. É neste ponto em que o autor nos convence de que existe sim um lado da economia diferente do que estamos acostumados. E esta é uma idéia que se transforma em verdade ao longo do livro.

Já Stephen Dubner, co-autor da publicação, trabalha para o The New York Times e escreve sobre temas que variam de esportes (tema do seu livro Confessions of a Hero-Worshiper) a política. Pelos artigos que escreve, demonstra ser alguém tão curioso como Levitt, o que resultou na parceria para produzir Freakonomics.

No livro, cada assunto é relacionado com outro totalmente diferente (“ o quê os professores têm em comum com os lutadores de sumô?”), pelo menos para mentes leigas e despreparadas. Levitt trata dos mais variados assuntos, e mostra que eles têm algo em comum. O objetivo é mostrar que o mundo é composto por situações entrelaçadas, que influenciam umas as outras, mesmo que ninguém se dê conta.

Um exemplo dado é o caso Roe x Wade, processo que levou à liberação do aborto nos Estados Unidos no início dos anos 80, e que, segundo o autor, influenciou a queda da criminalidade no país, lá pela metade da década seguinte. Porém, nas pesquisas de causa e efeito, esta possibilidade de causa não foi citada nem uma vez. As situações para as quais o senso comum apontava eram: Estratégias policiais inovadoras, crescente confiança nas prisões, leis mais rígidas de controle de armas, número maior de policiais e melhora na situação econômica.

Para o autor, nenhuma destas justificava realmente a queda de mais de 40% no índice de criminalidade em apenas poucos anos. Para comprovar sua teoria, comparou o número de crimes violentos entre estados em que o aborto era permitido e outros em que não o era. As taxas de diminuição drástica deram - se naqueles estados em que o aborto era legalizado. O mais interessante, porém, é que o autor não traz seus resultados como verdades absolutas, e nem entra na parte moral da questão. Ele deixa bem claro que em nenhum momento aprova ou incentiva o aborto como forma de combater a violência. Ele só mostra que esta é uma possível justificativa para o que ocorreu nos Estados Unidos na década de 90.

Chega-se ao final de cada capítulo com uma visão diferente da que tinha no início. Se não mudou de idéia, passou a analisar a situação com outros olhos, como se alguém tivesse tirado uma venda do seu rosto, e agora pudesse enxergar várias outras possibilidades que até então não tinha sequer parado pra pensar.

Em outro momento, é analisado até que ponto o nome influencia em quem a pessoa vai se tornar. Compara os dois irmão, Winner e Loser Lane. Se o primeiro com este nome não tinha como dar errado, o que esperar do segundo? Em geral, os pais escolhem o nome de seus filhos de acordo com as expectativas que tem daquela criança. O que esperam que ela seja, ou melhor, quem esperam que ela seja.

O nome tem toda uma mágica envolvida, e pode ser escolhido inspirado por alguém famoso, ou importante e determina o que será daquela criança no futuro, certo? Não. Errado. O nome nada mais é que um indicador da origem da criança e da escolaridade de seus pais. Mostra que o nome que a criança carrega não mostra quem ela será no futuro, mas mostra de onde ela veio, como um marca de origem.

Por exemplo: Alguém é pobre porque tem o nome escrito errado, ou tem o nome escrito errado porque é pobre? Quantos nomes importados de língua estrangeira que são escritos de maneira totalmente diferente do original? Braian ao invés de Brian? Estefani ao invés de Stephanie? Ambos os exemplos mostram como o nome e a sua grafia são indicativos da classe social a que pertence à criança e também a escolaridade dos pais.

Voltando a Winner e Loser, o primeiro, aos 40 anos, tem uma extensa ficha criminal, sendo quase 40 prisões por assalto, assassinato, violência doméstica, invasão e resistência à prisão. Já o segundo, formou-se na Universidade Lafayette na Pensilvânia, entrou para o Departamento de Polícia e chegou a Sargento. Para o autor, o pai deve ter confundido o destino dos dois quando os batizou, senão jamais escolheria estes nomes.

Estes são apenas exemplos pontuais da riqueza do livro Freakonomics, que nos faz pensar, como o subtítulo diz, no lado oculto e inesperado de tudo que nos afeta.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Calvin e Haroldo


Os viciados em história em quadrinhos já conhecem, mas não canso de recomendar.
Calvin é um garoto de aproximadamente 6 anos de idade extremamente hiperativo, curioso e criativo que quase enlouquece seus pais. Aparentemente bons pais, mas que não conseguem entender o universo de Calvin, e por isso não o compreendem.
Seu fiel companheiro de aventuras, Haroldo, é um tigre de pelúcia sarcástico, que sempre topa as presepadas. É, muitas vezes, mais esperto que Calvin e é em quem o garoto sempre coloca a culpa pelas coisas que apronta: "Eu não estava pulando na cama pai, era o Haroldo!".
Porém Haroldo só interage com o Calvin. Quando há adultos por perto, Haroldo é simplesmente um tigre de pelúcia, o quê mostra que ele é realmente fruto da imaginação do garoto, e talvez por isso o único que o compreenda. Calvin foi batizado em homenagem a João Calvino (Jean Cauvin em Francês), que foi um teólogo protestante do Século XVI, criador do Calvinismo. Haroldo (Hobbes em Inglês), tem este nome graças a Thomas Hobbes, um filósofo inglês do Século XVII.
Os dois personagens filosofam sobre a vida, o mundo e as relações humanas, tudo isso por meio do visão de uma criança, que por mais amalucada que seja, dá-nos diversas lições de moral. E talvez os nomes, por serem homenagem a dois personagens que influenciaram a história e o mundo como conhecemos, reflitam a diferença que estes dois amigos fizeram no mundo das HQ´s.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Sexta-feira

O despertador tocou às 7h. Decidiu dormir um pouco mais. Tocou de novo. Levantou-se. O mundo lá fora parecia frio. O cheiro do café causou-lhe prazer. Saiu para trabalhar consciente de que teria um dia cheio. Andou pelas ruas. As flores roxas do Ipê em constraste com o céu azul o fizeram sorrir. Pensou em como andar fazia bem para os ânimos. Chegou ao prédio. Foi invadido por uma alegria repentina. Lembrou-se de que era sexta-feira.