quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Meu Pé de amora

Quando me mudei para esta casa ganhei uma Amoreira. Esperei alguns anos para que ela desse amoras, e quando deu, senti uma felicidade plena ao entupir-me de amoras.
E assim foi durante muitos anos e nós crescemos juntas.
Um dia ela ficou doente. Apesar de todos os meus protestos contra, ela foi cortada, já que não havia mais solução para o caso. Logo que voltei do Estados Unidos, depois de passar 3 meses lá, tive uma imensa surpresa ao chegar em casa. Lá estava ela, ainda pequena, mas já maior que eu (nota-se que eu não sou muito alta...), com as folhas muito verdes e bonitas. Ela tinha renascido, assim como uma fênix, que depois de morrer, ressurge das cinzas.
Fiquei mais feliz do que quando a ganhei, pois o renascimento dela me trouxe esperanças em uma fase difícil.
Então, no último mês acompanhei as primeiras amoras da minha amiguinha do jardim. Primeiro bem pequenas e verdinhas, depois meio rosadas e finalmente arroxeadas.
Neste momento, ao vê-las pela janela, questiono-me sobre o fato de ter esperado o ano todo por amoras, e agora não ter tempo nem de ir até o jardim comê-las.
Acho que preciso rever minhas prioridades.

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