quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Entre ruivos e canhotos

Aparentemente dois assuntos nada a ver, certo? Nããão, errado. A Lu é canhota, e a Lu não é ruiva. É exatamente por isso que tento encontrar uma explicação genética para isso. Não encontrei. Assim, resolvi compartilhar minha angústia existencial (ok, não chega a tanto, vamos mudar para curiosidade sem sentido) para ver se alguém ai (um ruivo ou um canhoto) me ajuda.

Eu gosto de observar pessoas: sua maneira de agir, de vestir, de andar, de sorrir, vícios de linguagem e... se elas são canhotas. Pode parecer estranho isso, mas é por que eu sou canhota. Os canhotos vêem o mundo de outra forma. Tudo foi planejado e pensado para os destros, até por que durante muito tempo, as pessoas eram proibidas de serem canhotas (tinha algo meio demoníaco envolvido). Mas hoje, com esta liberdade toda, é possível ser canhota, mas com algumas dificuldades básicas tipo recortar, abrir latas e usar o mouse.

Já pesquisei bastante no Google, conversei com médicos, pessoas em geral, outros canhotos. Ninguém, NINGUÉM me explica por que alguns são destros e outros (aproximadamente 9% da população mundial) são canhotos. Só sei que não é genético, já que ninguém na minha família, em gerações anteriores era canhoto. Os ursos polares são todos canhotos, e depois que eu descobri isso, não me senti mais tão sozinha no reino animal, afinal, faço parte dele, não é mesmo?

Mas, o mais divertido é que em áreas criativas, como jornalismo, publicidade, design e etc, encontram-se mais pessoas canhotas do que em áreas como engenharia, por exemplo (essa é uma observação não científica feita por mim).

Segundo ponto. Por que as pessoas são ruivas? Lembra na escola, que estudávamos genética? Eu sempre gostei deste assunto! Não lembra? Então o básico é assim: A é dominante. a é recessivo. Dominante domina (dã), e recessivo só aparece na ausência do dominante. Ou seja, para características recessivas, é necessário que ambos (pai e mãe) as possuam, mesmo que não as manifestem!

Pooor exemplo: o loiro é recessivo, então, ou pai e mãe são loiros, ou, se um é moreno, tem um recessivo escondido e passa para o filho. Viu, fácil assim!

E onde entra o ruivo? A conclusão que eu cheguei (pouco científica, claro), é que o ruivo é tão recessivo quanto o loiro, mas ele é um tom de loiro que não acontece com tanta frequência. O que me fez concluir isso são os milhares de tons de loiro (naturais, é claro), que existem.

Perguntei para um amigo ruivo quem mais era ruivo na família dele. O único ascendente ruivo dele é o bisavô. A minha ascendente ruiva é minha avó, mas eu sou loira, não ruiva (apesar da minha proximidade genética ser maior com ela, do que a do meu amigo com o bisavô).

Isso não é injusto? Mas, seguindo a lógica, talvez eu tenha filhos ruivos (eu vou AMAR, já eles, não sei). Quando fui para Pomerode (diga-se de passagem a cidade mais alemã fora da Alemanha), quis sequestrar todas (e eram várias!) as crianças ruivas que via pela rua! Elas eram liiiindas =)

Enfim, explicações dadas, sem nenhuma conclusão do porque a Lu é canhota e não é ruiva, já que ela preferia o contrário.

Um comentário:

  1. Olá Luíza, tudo bem ?
    Gostei bastante de como abordou alguns desses assuntos de ruivos e canhotos, e logo me identifiquei com isso, afinal, eu sou ruivo e canhoto ao mesmo tempo. Concordo com o que pensa em relação à dificuldade dos canhotos viverem em nossa sociedade, pois praticamente tudo nela é projetado para os destros. E em relação aos ruivos, bem, a única pate ruim de ser ruivo é ter muitos apelidos. E quando digo muitos apelidos, quer dizer milhares, que vão dos mais comuns, como: "cabelo de fogo", "ferrugem", "pimentinha", até os mais elaborados, como: "suricato", "água de salsicha", etc.

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