domingo, 14 de novembro de 2010

Lendo Comer, Rezar, Amar

Tanto o livro quanto o filme Comer, Rezar, Amar estão muito em evidência no último mês, então, resolvi comprar o livro (ainda não vi o filme), e uma das coisas que mais me chamou a atenção no livro foi a sinceridade com que ela escreveu sobre si mesma. É difícil escrever e admitir quem somos de verdade, e ainda publicar depois!
Um dos trechos que mais me chamou atenção é o seguinte:

"Além disso, tenho problemas de limites com os homens. Ou talvez não seria justo dizer isso. Para ter problemas com limites, é preciso primeiro ter limites, certo? Mas eu sou inteiramente tragada pela pessoa que amo. Sou como uma membrana permeável. Se eu amo você, eu lhe dou tudo que tenho. Dou-lhe meu tempo, a minha dedicação, a minha bunda, o meu dinheiro, a minha família, o meu cachorro, o dinheiro do meu cachorro, o tempo do meu cachorro - tudo. Se eu amo você, carregarei para você toda a sua dor, assumirei por você todas as suas dívidas, protegerei você da sua própria insegurança, projetarei em você todo tupo de qualidade que você na verdade nunca cultivou em si mesmo e comprarei presentes de Natal para sua família inteira. Eu lhe darei o sol e a chuva e, se não estiverem disponíveis, dar-lhe-ei um vale sol e um vale chuva. Darei a você tudo isso e mais, até ficar tão exausta e debilitada que a única maneira que terei de recuperar a minha energia será me apaixonando por outra pessoa."

Resumindo, é exatamente por isso que muitos relacionamentos não dão certo. As pessoas se envolvem de tal maneira que já não são elas mesmas, mas um reflexo daquilo que o outro espera que ela seja. Para que relacionamentos dêem certo e sejam saudáveis, as pessoas precisam cultivar a si mesmas, e não se anular em relação ao outro. Elas precisam continuar tendo a sua individualidade, os seus amigos, a sua família, o seu tempo, o seu dinheiro.

Sinceramente, não acredito na história da "metade da laranja" ou "na tampa da minha panela". As pessoas são elas mesmas, inteiras. Só elas são capazes de completar a si mesmas. Assim, acredito que relacionamentos dão certo porque duas pessoas compatíveis, que gostem de estar juntas apesar de todas as suas diferenças, resolvam ficar juntas e façam dar certo, por que decidiram que ia dar certo. Apesar de serem duas pessoas diferentes, elas partilham algo, por que assim escolheram.

*Lu está na fase de completar a si mesma.

2 comentários:

  1. Ei autista...

    Tô morrendo de preguiça de ler/assistir esse troço. Mas concordo com você quando você fala que a metade da laranja não existe. Isso é fatão. Não dá pra perder a personalidade quando você encontra alguém, você tem que continuar a ser você mesmo!

    ResponderExcluir
  2. Droga...chupei a minha metade da laranja...:(

    ResponderExcluir